As Vantagens da Integração de Sistemas Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS)
É cada vez mais notória a exigência dos clientes perante os critérios de qualidade que as empresas oferecem, obrigando-as a encarar a qualidade como uma meta, um requisito e um propósito de negócio.
O Sistema de Gestão Integrado (SGI) é um conjunto de sistemas que, isolados poderiam ser vistos como independentes e de utilização quase exclusiva, mas que, em conjunto, formam um todo, com um único objetivo bem definido e uma função, alcançando os resultados concretos com eficiência.
As normas de gestão específicas (ISO 9001, ISO 14001 e ISO 45001) definem que o sistema de gestão é parte de um sistema organizacional utilizado para desenvolver e implementar todas as suas políticas e para gerir todos os seus aspetos e impactos.
Milhares de empresas estão a descobrir que os seus Sistemas de Gestão da Qualidade também podem ser utilizados como base para o tratamento eficaz das questões relativas ao Meio Ambiente e à Segurança e Saúde no Trabalho (SST), mesmo que não sejam certificadas segundo as ISO 9000.
O SGI foi criado e desenvolvido a partir da necessidade de solucionar problemas ligados à organização, permitindo assim diminuir o tempo de produção, baixando o custo total dos produtos, reduzindo stocks, melhorando a qualidade da produção e o atendimento ao cliente. Os SGIs têm contemplado a integração dos processos de Qualidade com os de Gestão Ambiental e/ou com os de Segurança e Saúde no Trabalho, dependendo das características, atividades e necessidades da organização.
Na década de 1960, começaram a surgir conceitos considerados modernos para a época, como Sistemas de Gestão Integrados. A tecnologia utilizada era baseada em grandes computadores (mainframes) com a finalidade apenas de controlar stocks, revelando-se um sistema extremamente caro e lento de gerir.
Mais tarde, nos anos de 1980, com o início e desenvolvimento das redes de computadores, ligadas a servidores com custos mais acessíveis, gerou-se uma revolução nas atividades de gestão de produção e logística, permitindo que estes passassem a controlar, também, outras atividades como compras, vendas e recursos humanos.
Passados dez anos, na década de 1990, a nomenclatura SGI ganhou força ao atuar como um sistema integrado de gestão da qualidade (ISO 9001), gestão ambiental (ISO 14001) e gestão da segurança e saúde ocupacional (ISO 18001), dando oportunidade às empresas de terem condições de se tornarem mais eficientes e competitivas. Assim, uma empresa com um sistema de gestão eficiente passa a ter a capacidade de monitorizar e controlar a satisfação do seu cliente.
Atualmente, consideramos a implementação de um SIG um custo ou um investimento?
Com a crescente pressão nas empresas para se “fazer mais com menos”, várias estão a ver a integração dos Sistemas de Gestão como uma excelente oportunidade para reduzir custos com o desenvolvimento e manutenção de sistemas separados, ou de inúmeros programas e ações que, na maioria das vezes, se superpõem e acarretam gastos desnecessários.
Independentemente da dimensão e, muitas vezes, da complexidade da empresa, manter estes sistemas de gestão separados (que são “pesados” e complexos), é quase que impraticável, afetando assim a sua gestão e otimização. Um dos motivos que tem compelido as empresas a integrar os processos de Qualidade, Meio Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho é o efeito positivo que um SGI, pode ter sobre os funcionários. As metas de produtividade, progressivamente mais desafiadoras, requerem que as organizações maximizem a sua eficiência. Múltiplos Sistemas de Gestão, onde somente um bastaria, são ineficientes, difíceis de administrar e difíceis de obter o efetivo envolvimento das pessoas. No nosso modo de ver, é muito mais simples obter a cooperação dos funcionários para um único sistema do que para três sistemas separados. Além do mais, a sinergia gerada pelo SGI tem levado as organizações a atingir melhores níveis de desempenho, a um custo global muito menor.
Os benefícios incluem:
- Melhoria de qualidade em produtos e serviços;
- Realização de objetivos e metas da empresa;
- Economia de tempo e custos;
- Transparência dos processos internos;
- Fortalecimento da imagem da empresa e a participação no mercado;
- Maior controle dos riscos com acidentes ambientais;
- Satisfação de clientes, funcionários e acionistas;
- Satisfação dos critérios dos investidores e melhoria do acesso ao capital;
- Aumento da competitividade;
- Assegurar às partes interessadas o compromisso com uma gestão ambiental demonstrável;
- Redução e controle de custos ambientais;
- Oportunidades para conservação de recursos e energia;
- Melhoria do relacionamento com todas as partes interessadas (clientes, acionistas, ONG’s, fornecedores, governo e funcionários);
- Prevenção de falhas ao invés das suas correções.
A questão mantém-se: apostar numa certificação será um investimento ou um custo? Tendo em conta que o principal objetivo das empresas é reduzir os custos, otimizar os recursos e agilizar a gestão do dia-a-dia, ao apostarmos num sistema que nos permita atingir estes objetivos, vamos estar certamente a investir e a garantir a qualidade.
Os sistemas de gestão permitem-nos antecipar problemas, para mantermos a solidez e qualidade da nossa empresa. Nos dias em que vivemos a certificação garante-nos, enquanto clientes, que estamos a adquirir produtos/serviços a empresas que apostam nos seus colaboradores, que têm princípios e valores que respeitam as necessidades de todas as partes interessadas, que apostam na melhoria continua e que têm como foco a nossa satisfação enquanto clientes.
Sempre que uma empresa pondera uma certificação dentro das ISO 9000, deverá efetuar uma avaliação de risco e um plano de negócios a médio e longo prazo, para poder comparar os resultados antes e depois da certificação. É espectável que o investimento inicial na certificação seja recuperado a curto prazo, o que permitirá à empresa expandir a sua área de negócio, entrar em novos mercados e competir com outros tipos de empresas, até então, inatingíveis.