Segurança e saúde no trabalho: Um investimento com retorno assegurado

As boas práticas de SST são muito mais do que um requisito legal, estando à responsabilidade da entidade patronal. Não obstante, os trabalhadores têm o dever de seguir as instruções, regras e medidas definidas pela empresa, e são responsáveis por prestar atenção à sua segurança e saúde, bem como à dos seus colegas de trabalho.

BENEFÍCIOS DE BOAS PRÁTICAS DE SST

Ao longo dos anos, o sector de SST em Portugal, tem vindo a assumir uma importância cada vez maior, pois as empresas perceberam que é uma ferramenta fundamental para prevenir doenças profissionais e acidentes de trabalho.

Os custos dos acidentes de trabalho são muito maiores do que aqueles inicialmente visíveis. Podem ser comparados a um “iceberg”:

• A parte visível são os aspetos mensuráveis – como prémios de seguros, entre outros;

• A parte não visível corresponde aos custos indiretos, mais difíceis de quantificar – como perda de confiança, atrasos na produção, etc.

VANTAGENS DE BOAS PRÁTICAS SST PARA A EMPRESA

• Os colaboradores sentem-se mais seguros, motivados e realizados na sua atividade profissional.

• Verifica-se uma diminuição de taxas de acidentes de trabalho e doenças profissionais.

• Evitam-se perdas e perturbações de produção;

• Diminuição do absentismo por motivos de doença;

• Menos danos provocados ao equipamento;

• Decréscimo de uma má imagem de marca;

• Diminuição dos custos administrativos e jurídicos.

CUSTO-BENEFÍCIO DA SST As boas práticas de SST

estabelecem um equilíbrio entre os RISCOS PERCEBIDOS e os CUSTOS DAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO, uma vez que uma segurança e saúde no trabalho deficiente tem custos acrescidos e isso pode ser prejudicial à empresa em alturas economicamente mais frágeis.

Qualquer medida preventiva traduz-se por um custo, e a verdadeira rentabilidade só poderá ser confirmada mediante uma análise custo-benefício das medidas implementadas.

Através do gráfico, pode ser observado que à medida que aumentam os custos com a segurança, diminuem os custos com os acidentes. A linha vermelha (soma dos custos), apresenta um valor mínimo (valor A) que corresponde ao valor ótimo do grau de segurança, do ponto de vista económico.

EXEMPLOS DE ESTUDOS DE CASO

Diversos estudos de caso mostram que existe uma relação direta entre uma boa gestão da SST na empresa e a melhoria do desempenho e da rentabilidade.

1. SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL: uma empresa investiu na formação dos trabalhadores em postura correta para levantar e movimentar cargas pesadas. Como resultado, obteve uma redução das dores lombares e de baixas por doenças associadas, o que permitiu à empresa recuperar o investimento em 2,16 anos. (Fonte: act.gov.pt)

2. GESTÃO DE RESÍDUOS: uma empresa investiu em melhorias nos EPI e EPC (equipamentos de proteção individual e coletiva) para reduzir acidentes causados por lesões. Como resultado, os índices de acidentes diminuíram em 20% e o investimento foi recuperado em 1,3 anos. (Fonte: osha.europa.eu/ pt)

A FORMAÇÃO COMO EIXO CENTRAL DA SST

O êxito das organizações passa, antes de mais, pelo êxito das pessoas com quem trabalha, atendendo às suas características, competências, capacidades, motivações e empenho. É, por este motivo, que as organizações procuram recrutar os melhores candidatos, investem na sua formação, desenvolvem as suas carreiras e garantem-lhes os meios suficientes para que fiquem nas empresas.

No âmbito da política de Segurança e Saúde no Trabalho, é fundamental a participação de todos os colaboradores. Por isso, estes devem receber a devida formação nesta área, para ficarem a saber quais os seus direitos e deveres em questões de SST, bem como estarem informados sobre os riscos a que estão sujeitos nos seus postos de trabalho, de forma a poderem proteger-se e prevenir futuros acidentes e doenças. Por isso, o conhecimento em SST é uma das ferramentas mais importantes no contexto laboral para a propagação de um ambiente saudável e seguro.

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