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O que dizem o Balanço e a Demonstração de Resultados sobre a sua empresa?
Os empresários e os gestores de topo, sobretudo das startups, são grandes “apaixonados” pelas suas ideias de negócio e produtos. É necessário olhar também para os números, de uma forma objetiva e devidamente enquadrada, porque estes refletem a verdade das empresas: da aceitação do produto no mercado, da qualidade da gestão operacional e, no fim da linha, da qualidade da gestão e da liderança da empresa.
Este artigo visa apoiar os empresários e gestores de topo das PME, não especialistas em gestão financeira, a conhecerem melhor a realidade económico-financeira das suas empresas, a entenderem os mapas e os alertas da contabilidade e a apoiar o planeamento económico-financeiro do futuro. Vamos apresentar genericamente as 2 demonstrações financeiras obrigatórias mais utilizadas, o Balanço e a Demonstração de Resultados.
As demonstrações financeiras obrigatórias, o Balanço e a Demonstração de Resultados.
De acordo com os termos do nº 1, do art. 11º do Decreto-Lei 158/2009: “As entidades sujeitas ao SNC são obrigadas a apresentar as seguintes demonstrações financeiras: Balanço, Demonstração de resultados por natureza, Demonstração das alterações do capital próprio, Demonstração dos fluxos de caixa e Anexos.
O Balanço.
O balanço é o documento contabilístico que expressa a situação financeira ou patrimonial da empresa, em determinada data. O balanço agrupa os ATIVOS (lado esquerdo do mapa) e o CAPITAL PRÓPRIO e o PASSIVO (do lado direito). A equação fundamental do balanço assegura que ATIVOS = CAPITAL PRÓPRIO + PASSIVO. Vejamos cada um deles um pouco mais em pormenor:
- Ativo: é conjunto de bens e direitos da empresa. Por exemplo, depósitos bancários, edifícios, créditos sobre clientes, etc
- Capital próprio: representa o investimento realizado pelos sócios/acionistas. Por exemplo capital social, empréstimos de sócios, resultados transitados, etc.
- Passivo: é o conjunto de obrigações da empresa perante terceiros. Por exemplo, empréstimos bancários, faturas de fornecedores, etc.
Alguns destaques:
- Em termos estruturais, quanto maior for o capital próprio, menor a dependência dos passivos face aos ativos, maior o equilíbrio financeiro da empresa. Significa que, como o investimento de fontes internas é relevante, os ativos têm uma cobertura superior dos passivos, a empresa é mais autónoma de terceiros e tem maior solvabilidade.
- Em termos de curto prazo, convém assegurar que os ativos de curto prazo cobrem os passivos de curto prazo. Isto é, os direitos de curto prazo que a empresa detém (contas bancárias, clientes a receber, etc) superam as obrigações de curto prazo (prestações de empréstimos bancários, pagamentos a fornecedores, etc).
A demonstração de resultados
A demonstração de resultados, é onde se avalia o desempenho económico, através da rendibilidade operacional e líquida do volume de negócios e onde é evidenciada a formação dos resultados através da síntese entre os rendimentos e os ganhos (proveitos) e dos gastos e perdas (custos).
Vejamos cada um deles um pouco mais em pormenor:
- Rendimentos: é composto pelas várias parcelas em que se decompõe os proveitos da empresa, entre os quais se destacam as vendas, prestação de serviços, trabalhos para a própria empresa, subsídios, etc. A expressão “volume de negócios” de acordo com a definição da autoridade tributária, refere-se à soma das vendas (SNC 71) e da prestação de serviços (SNC 72).
- Gastos: é composto pelas várias parcelas em que se decompõe os custos da empresa, entre os quais custos com pessoal, custo das matérias primas necessárias ao fabrico dos produtos, rendas de instalações, fornecimentos e serviços de terceiros, etc.
- Resultados: os diferentes tipos de resultados apurados, conforme as rúbricas de custos consideradas, até à determinação do resultado líquido do exercício.
Existem 2 tipos de demonstrações de resultados: a demonstração de resultados por natureza, quando a divisão dos rendimentos e dos gastos se faz pela natureza do movimento (por exemplo, se diz respeito a custos com pessoal, não interessando se é pessoal das vendas ou da produção); a demonstração de resultados por funções, não é obrigatória para efeitos de reporte fiscal, e aplica-se quando a divisão dos rendimentos e dos gastos se faz pela função (por exemplo, custos com vendas, não interessando se é custos com pessoal ou matérias primas).
Alguns destaques:
- A demonstração de resultados aplica-se a um determinado período (por exemplo, exercício fiscal de 1 ano), e evidencia se, do ponto de vista económico e operacional, a atividade da empresa gera resultados positivos. Se gerar continuamente resultados negativos, é necessário avaliar se vale a pena insistir nas operações. Apelida-se de zombies, as empresas que durante 3 exercícios consecutivos não produzem resultados suficientes sequer para cobrir os custos financeiros com as dívidas contraídas pela empresa.
- Os resultados líquidos da empresa transitam para os Capitais Próprios do Balanço no exercício seguinte. Por isso, quanto mais resultados uma empresa for obtendo, mais forte vai também ser o seu equilíbrio financeiro.
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Carlos Gouveia, CEO – SCORING.
O que dizem o Balanço e a Demonstração de Resultados sobre a sua empresa?
Os empresários e os gestores de topo, sobretudo das startups, são grandes “apaixonados” pelas suas ideias de negócio e produtos. É necessário olhar também para os números, de uma forma objetiva e devidamente enquadrada, porque estes refletem a verdade das empresas: da aceitação do produto no mercado, da qualidade da gestão operacional e, no fim da linha, da qualidade da gestão e da liderança da empresa.
Este artigo visa apoiar os empresários e gestores de topo das PME, não especialistas em gestão financeira, a conhecerem melhor a realidade económico-financeira das suas empresas, a entenderem os mapas e os alertas da contabilidade e a apoiar o planeamento económico-financeiro do futuro. Vamos apresentar genericamente as 2 demonstrações financeiras obrigatórias mais utilizadas, o Balanço e a Demonstração de Resultados.
As demonstrações financeiras obrigatórias, o Balanço e a Demonstração de Resultados.
De acordo com os termos do nº 1, do art. 11º do Decreto-Lei 158/2009: “As entidades sujeitas ao SNC são obrigadas a apresentar as seguintes demonstrações financeiras: Balanço, Demonstração de resultados por natureza, Demonstração das alterações do capital próprio, Demonstração dos fluxos de caixa e Anexos.
O Balanço.
O balanço é o documento contabilístico que expressa a situação financeira ou patrimonial da empresa, em determinada data. O balanço agrupa os ATIVOS (lado esquerdo do mapa) e o CAPITAL PRÓPRIO e o PASSIVO (do lado direito). A equação fundamental do balanço assegura que ATIVOS = CAPITAL PRÓPRIO + PASSIVO. Vejamos cada um deles um pouco mais em pormenor:
- Ativo: é conjunto de bens e direitos da empresa. Por exemplo, depósitos bancários, edifícios, créditos sobre clientes, etc
- Capital próprio: representa o investimento realizado pelos sócios/acionistas. Por exemplo capital social, empréstimos de sócios, resultados transitados, etc.
- Passivo: é o conjunto de obrigações da empresa perante terceiros. Por exemplo, empréstimos bancários, faturas de fornecedores, etc.
Alguns destaques:
- Em termos estruturais, quanto maior for o capital próprio, menor a dependência dos passivos face aos ativos, maior o equilíbrio financeiro da empresa. Significa que, como o investimento de fontes internas é relevante, os ativos têm uma cobertura superior dos passivos, a empresa é mais autónoma de terceiros e tem maior solvabilidade.
- Em termos de curto prazo, convém assegurar que os ativos de curto prazo cobrem os passivos de curto prazo. Isto é, os direitos de curto prazo que a empresa detém (contas bancárias, clientes a receber, etc) superam as obrigações de curto prazo (prestações de empréstimos bancários, pagamentos a fornecedores, etc).
A demonstração de resultados
A demonstração de resultados, é onde se avalia o desempenho económico, através da rendibilidade operacional e líquida do volume de negócios e onde é evidenciada a formação dos resultados através da síntese entre os rendimentos e os ganhos (proveitos) e dos gastos e perdas (custos).
Vejamos cada um deles um pouco mais em pormenor:
- Rendimentos: é composto pelas várias parcelas em que se decompõe os proveitos da empresa, entre os quais se destacam as vendas, prestação de serviços, trabalhos para a própria empresa, subsídios, etc. A expressão “volume de negócios” de acordo com a definição da autoridade tributária, refere-se à soma das vendas (SNC 71) e da prestação de serviços (SNC 72).
- Gastos: é composto pelas várias parcelas em que se decompõe os custos da empresa, entre os quais custos com pessoal, custo das matérias primas necessárias ao fabrico dos produtos, rendas de instalações, fornecimentos e serviços de terceiros, etc.
- Resultados: os diferentes tipos de resultados apurados, conforme as rúbricas de custos consideradas, até à determinação do resultado líquido do exercício.
Existem 2 tipos de demonstrações de resultados: a demonstração de resultados por natureza, quando a divisão dos rendimentos e dos gastos se faz pela natureza do movimento (por exemplo, se diz respeito a custos com pessoal, não interessando se é pessoal das vendas ou da produção); a demonstração de resultados por funções, não é obrigatória para efeitos de reporte fiscal, e aplica-se quando a divisão dos rendimentos e dos gastos se faz pela função (por exemplo, custos com vendas, não interessando se é custos com pessoal ou matérias primas).
Alguns destaques:
- A demonstração de resultados aplica-se a um determinado período (por exemplo, exercício fiscal de 1 ano), e evidencia se, do ponto de vista económico e operacional, a atividade da empresa gera resultados positivos. Se gerar continuamente resultados negativos, é necessário avaliar se vale a pena insistir nas operações. Apelida-se de zombies, as empresas que durante 3 exercícios consecutivos não produzem resultados suficientes sequer para cobrir os custos financeiros com as dívidas contraídas pela empresa.
- Os resultados líquidos da empresa transitam para os Capitais Próprios do Balanço no exercício seguinte. Por isso, quanto mais resultados uma empresa for obtendo, mais forte vai também ser o seu equilíbrio financeiro.
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Carlos Gouveia, CEO – SCORING.