Transição ESG: empresas com melhor desenvolvimento e reputação

 

Num mundo cada vez mais consciente e preocupado com o impacto ambiental e social das empresas, o termo “ESG” tem vindo a ganhar destaque e parece que veio para ficar.

A sigla, que provém do termo em Inglês “Environmental, Social and Governance” (em português “Ambiental, Social e Governança”), ganhou força no mercado e, hoje em dia, é relevante também para as PME e não apenas para as grandes empresas.

Por esta razão, a transição ESG é uma necessidade crescente, que pode até ter influência na reputação e desenvolvimento das empresas. Além de contribuírem para um planeta mais sustentável e para sociedades mais justas, as PME que adotam práticas ESG podem destacar-se aos olhos dos parceiros, dos consumidores e até dos colaboradores, atraindo quem valoriza empresas com impacto positivo.

Esta estratégia decorre no âmbito do Sustainable Finance Disclosure Regulation (SFDR) e das Diretivas Corporate Sustainability Due Diligence (CSDD) e Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD) da União Europeia. O calendário de implementação teve início em janeiro de 2024 para o setor financeiro e para as grandes empresas, para as PME cotadas em bolsa, o reporte será feito a partir de 2027 com base em informação de 2026.

Segundo uma investigação do Pacto Global da ONU, de março de 2023, as vantagens de aderir são muitas: melhoria da reputação; otimização de recursos nos processos; maior engajamento, atração e retenção de talentos; conquista de novos mercados, atração de novos investimentos, fidelização de clientes, redução de custos operacionais e jurídicos; segurança financeira; melhoria dos processos de gestão; entre outros.

Compreendo que para os gestores de PME a transição para práticas mais sustentáveis e socialmente responsáveis possa ser desafiadora, porém é importante lembrar que, apesar de complexo, este processo pode ser feito de forma gradual.

Tal como disse António Machado, “o caminho faz-se caminhando” e este caso não é exceção. Não precisa de fazer esta transição de uma só vez e de forma totalmente perfeita, cada pequeno passo conta e é importante.

Informe-se, utilize as ferramentas disponíveis e mãos à obra:

  • Faça uma avaliação inicial completa das práticas atuais da empresa em relação aos pilares ESG;
  • Estabeleça metas claras e mensuráveis, com base na avaliação;
  • Aposte no envolvimento dos colaboradores, não se esqueça que são fundamentais para o sucesso da transição;
  • Incorpore práticas ESG nos processos diários. Por exemplo revisão de fornecedores, garantindo que seguem os mesmos padrões;
  • Promova uma comunicação transparente com stakeholders, criando relatórios que destaquem o progresso em direção às metas estabelecidas;
  • Elabore parcerias estratégicas;
  • Estabeleça um sistema de monitorização das metas. Faça revisões regulares;
  • Celebre as conquistas com a equipa.

A transição ESG não é apenas uma necessidade, é uma oportunidade para as PME se destacarem como agentes de mudança positiva no cenário empresarial. Ao adotar práticas ambientais, sociais e de governança as PME contribuem para um mundo mais sustentável, fortalecem a sua reputação, atraem investimentos e promovem uma cultura organizacional centrada no propósito ESG.

 

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